Oficina de Sentidos

Ética e Perversão Quando a Literatura Perde a Palavra
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domingo, 8 de junho de 2008

Corpo


Quando o corpo entende o ritmo da vida
Pode não seguí-lo no mesmo tom, antes escrito
O corpo pode seguir as inverdades dos ritmos
Mas o caminho d’alma nunca segue as mentiras
Assim o real de qualquer coisa está escrito...
Então... Deixe acontecer

(Rami Ali Chehade)

Elogio


“A poesia esta guardada nas palavras é tudo que eu sei”,
Meu fado é não entender quase tudo,
Sobre o nada eu tenho profundidade,
Eu não cultivo conexões com o real.
Para mim poderoso não é aquele que descobre o ouro.
Poderoso para mim é aquele que descobre
As insignificâncias do mundo e as nossas
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil!
Fiquei emocionado e chorei, sou fraco para elogios.

Causa Ridícula

(...) Agradeço essa injustiça,
essa afronta que me despertou,
e cuja sensação viva lançou-me
para longe de sua causa ridícula,


Dando-me também tamanha força e tamanho
gosto por meu pensamento que, por fim,
meus trabalhos tiveram o benefício de minha
cólera; a busca de minhas leis tirou
proveito do incidente

Agradeço essa injustiça,
essa afronta que me despertou,
e cuja sensação viva lançou-me
para longe de sua causa ridícula(...)

P. Valéry

A Caolha (Canal Oficina de Sentidos)